terça-feira, 18 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Fugindo Adentro


como será a música da minha respiração?
a que toca além desse coração batedor

a que se repete no palpitar dessa veia
– a veia do silêncio

aqui,
do lado esquerdo
e por todos os lados,
de dentro

a música
Não qualquer

Como será?

( )

sábado, 3 de setembro de 2011

Bateu Asas e Voou... ou Outros Portos

e carrego no coração
o forte abraço
o feliz sorriso
a leve dança
a música fluida

e o teu olhar no meu

e quantos desses versos repeti?
quantos mais portos hei de ir?

ti perco
não me encontro
ti acho
e ainda não acerto

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Bordado

ele bordado é como um amor
que espera guardado
cada ponto é um minuto respirado
sentindo a paz preencher
de um outro modo
em linhas que vão e vêm
sem perceberem-se no tempo
a entorpecer cada movimento

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Vazio, o Cheio

vazio cheio

e cheio
o vazio
se esvai

vai-se
rio

beira abaixo


meio todo

não por inteiro

o vazio cheio

esvai

e não sai

domingo, 15 de maio de 2011

Paragem e Ressonâncias


Cheguei aqui d’uma paragem para abrigar o caminho em frente, pós desenganos, e ceder às ilusões prósperas, o que compete outros seres e sentimentos não meus. Mas vim com uma segurança de quem quer nos desafios se afiar, e na condolência dos encontros me deixar apenas ir, como fui. Coincidências confusas; solos abrigados e pouco compartilhados; uma sutil atenção; e a saudade de um pouco ou nada vivido. É uma sensação de abandono próprio a espera de um gesto que comporte aquelas palavras. Mas quais palavras? As que meu coração sentiu-se confortável em abrigar e não soube ecoar. As ressonâncias desse sentir não vêm de uma origem certa e se acusa pelo ideal do conforto em teus braços. Apenas! Além das palavras e ouvidos, do sono cuidado e da vontade de mais. Mais... Abandonei-me nesse sentir mais que confuso, encabulado e retraído de atitudes que se impõem certeiras e por isso, talvez por isso, o eco não tenha amparado, ou o amparo não tenha cedido. E já, nesse pouco viver, me pergunto se já, se já é hora de um novo abandono, uma necessária desocupação do ti, em mim. Pois aqui, onde abrigou o que se sabia sentir, já não se basta ancorar no consolo da inconstante presença. Agora acusa-se, mas teme lançar-se ao indefinido longe do ti de mim. Teme, e ainda que em súplica, geme: liberta-me sentir!